Santander abre linha de crédito para equipamentos de energia solar

Com juros a partir de 0,99% ao mês, financiamentos poderão ser contratados diretamente nas agências do banco

Painéis de energia solar sendo instalado em teto de residência (Foto: Joe Raedle/ Getty Images)

A geração solar de energia no Brasil deve ganhar um reforço depois de o banco Santander anunciar, hoje (29/8), uma linha de crédito especial para financiar a compra de equipamentos fotovoltaicos. Os financiamentos poderão ser obtidos com juros mínimos de 0,99% ao mês – no caso de parcelamentos em até 36 vezes.

Já nos período superiores, a taxa sobe para 1,08% mensal. Os prazos limite para pessoas físicas é de 48 meses, enquanto, para empresas, será possível contratar o crédito em até 60 vezes. Por sua vez, produtores rurais que utilizarem a modalidade CDC Agro Solar terão taxa de 1,12% ao mês, com a possibilidade de pagamento com parcelas semestrais em até 48 meses.

Para efeito de comparação, hoje, a taxa mais baixa praticada é de 1,69%, segundo o Santander. O banco estima que, com as novas condições, o valor de R$ 1,8 bilhão será desembolsado em financiamentos até 2021 – para ter mais segurança no processo, foi obtido um financiamento com o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) de US$ 100 milhões, hoje equivalentes a R$ 412 milhões.

Outra facilidade da nova linha, lembra o superintendente executivo de segmentos do Santander Brasil, Geraldo Rodrigues Neto, é que agora os financiamentos para os sistema fotovoltaicos poderão ser contratados nas próprias agências do banco. “Ampliamos a abordagem deste produto, que antes era oferecido apenas pela nossa financeira, ou por intermédio dos fabricantes e instaladores dos equipamentos”, diz.

O contratante terá também a possibilidade de oferecer algum investimento seu como garantia adicional para o empréstimo. Nesse caso, os juros caem para 0,97% ao mês, com prazo limite de 60 meses.A fonte eólica, que cresceu 20,7% na mesma comparação, responde por 12,9 GW, ou 8,1% de toda geração de energia do país.

O que impulsiona esse crescimento é a modalidade de geração distribuída – em que os próprios consumidores instalam seus equipamentos geradores para obter eletricidade a partir da irradiação solar. Além do fator sustentável, tornam esses equipamentos atrativos a possibilidade de receber créditos pelo excedente gerado – para isso é preciso estar conectado à rede elétrica local.

Apostando neste mercado, o Santander diz ter “praticamente dobrado”, nos últimos três anos, o número de sistemas desse tipo financiados anualmente por meio de suas linhas. O banco afirma também ter financiado 11% das instalações de geração solar de energia nesse período – participação que espera levar para 16% até 2021.

Apesar de representar pouco mais de 1% da matriz energética brasileira, a geração de eletricidade a partir da energia solar é a modalidade que mais cresce no Brasil. Em boletim divulgado neste mês pelo Ministério de Minas e Energia, foi divulgada uma alta anual de 577% na capacidade instalada em sistemas fotovoltaicos, que é de 1,6 GW.

 

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